quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
Sherlock Holmes, ícone da literatura policial, volta às telas nos 80 anos da morte de seu criador Arthur Conan Doyle
Ainda no cinema mudo, famosos atores como John Barrymore e William Gillette interpretaram Sherlock Holmes, mas ele "falou" pela primeira vez na tela com a voz de Clive Brook. Seu mais popular intérprete, entretanto, foi Basil Rathbone, nascido na África do Sul, que estreou como o detetive em "O Cão dos Baskervilles", em 1939. Rathbone era um ator clássico, de porte aristocrático e com 23 peças de William Shakespeare em seu currículo teatral. Conseguiu imprimir carisma e personalidade ao personagem, que se tornou um símbolo de elegância, tendo como Watson o simpático e gorducho Nigel Bruce. Chegaram a fazer 14 filmes de sucesso.
"O Cão dos Baskervilles" seria refilmado anos mais tarde, com Peter Cushing e Christopher Lee. Em "Visões de Sherlock Holmes", com Nicol Williamson e Robert Duvall, a dupla chegava a se encontrar com Sigmund Freud, o pai da psicanálise, que tentava livrar Holmes do vício da cocaína. Até mesmo a Rússia teve sua versão de Sherlock, com o ator Vasily Borisovich fazendo o investigador em mais de 10 filmes, na década de 1970. Na opinião da crítica, a produção considerada mais criativa sobre o detetive continua sendo "A Vida Íntima de Sherlock Holmes", dirigida por Billy Wilder e interpretada por Robert Stephens e Colin Blakely, na qual o sempre excelente diretor austríaco desenvolve, com a habitual maestria, uma trama de lances surpreendentes.
Detalhe curioso: Sherlock Holmes é o personagem de ficção que até hoje mais apareceu no cinema, em muito superando Tarzan, Drácula, Frankenstein, James Bond e tantos outros, num total aproximado de 250 filmes. Agora que Guy Ritchie redescobriu o filão, o público já pode ir se preparando para novas e extravagantes aventuras do conturbado detetive e seu fiel escudeiro.
JOSÉ AUGUSTO LOPES - DN
REPÓRTER
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